terça-feira, 27 de maio de 2014

LAVRAS: NÚMERO DE ROUBOS VOLTA A SUBIR EM ABRIL

Em crescimento contínuo nos últimos três anos completos, a criminalidade violenta em Minas Gerais segue em disparada em 2014. A despeito da gravidade da situação, o governo do Estado encontrou uma forma de minimizá-la, destacando como 'avanço' na segurança pública nos primeiros três meses do ano a queda de 23,6% dos casos de extorsão mediante sequestro e de 12,6% no número de estupros.

Lavras, cidade com pouco mais de 98 mil habitantes localizada no Sul do Estado e sede da Sexta Região Integrada de Segurança Pública (6ª Risp), apresentava uma queda no número de roubos consumados nos três primeiros meses do ano. Em janeiro de 2014, a cidade registrou 12 roubos consumados, contra 10 no mês de fevereiro e 9 em março. Mas no mês de abril houve um acréscimo no número de roubos. Foram registrados 11 roubos consumados na cidade. 

O número de roubos, que cresceu 32% no primeiro trimestre de 2014, se comparado com o mesmo período do ano passado, está “puxando” o aumento das estatísticas em o todo o Estado de Minas Gerais.

A cidade registrou um acréscimo no número de homicídio tentado no primeiro trimestre. Em janeiro deste ano, foi registrado apenas 1 caso, contra 2 em fevereiro e 5 em março. Além disso, foi registrado 1 homicídio consumado no mês de fevereiro na cidade. Já no mês de abril de 2014 houve apenas 1 caso. Enquanto em janeiro não houve caso de estupro tentado, fevereiro e março registraram 1 caso cada. Abril fechou com 1 caso de estrupo consumado em Lavras.

Os dados incluem os registros feitos pela Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC) e Corpo de Bombeiros Militar e estão na base todos os Registros de Eventos de Defesa Social (REDS) registrados até o dia 30/04/2014. Em abril, Lavras não registrou nenhum caso de homicídio consumado, extorsão mediante sequestro, sequestro e cárcere privado e também nenhum caso de estupro tentado.

Em entrevista recente ao jornal O Tempo, o pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Frederico Marinho disse que o avanço da criminalidade no Estado desde 2010 tem relação direta com a falta de investimentos e de políticas públicas na segurança. "Pior que o aumento sistemático da criminalidade é a falta de resposta do Estado em curto prazo", criticou.

Já o secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, atribuiu o recrudescimento dos indicadores de criminalidade, em especial dos crimes contra o patrimônio, a "uma tendência em todo o país". Ferraz garantiu ao jornal que neste ano haverá reforço no efetivo das polícias Civil e Militar tanto no setor administrativo das corporações como nas ruas, "para que haja aumento da sensação subjetiva de segurança na população".

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