terça-feira, 18 de outubro de 2016

MULHERES NA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO É TEMA DE PALESTRA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Serena Fernandes ministrou a palestra sobre Mulheres na TI
Nos últimos anos as mulheres tem conquistado mais espaço no mercado de trabalho, nas graduações e nas mídias, também sendo protagonistas nas cenas política e social. Mas a paridade entre homens e mulheres ainda tem muito caminho a ser percorrido.

E o mercado de tecnologia ainda é um setor dominado pelos homens. E lutando contra essa corrente, as mulheres desempenharam um papel fundamental na história da tecnologia. Ada Lovelace desenvolveu o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina. Grace Hopper foi a criadora daquele que é considerado o primeiro software de computador. A freira Mary Kenneth Keller foi a primeira norte-americana a conseguir um PhD em Ciência da Computação e participou da criação da linguagem BASIC. 

Na abertura da III Semana de Ciência e Tecnologia (SETI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), realizada ontem, segunda-feira, 16, Serena Fernandes, especialista em desenvolvimento de linguagem Java da empresa Avenue Code, ministrou a palestra "Mulheres na TI". 

Formada pela Cotemig, Serena é co-fundadora da Minas da TI, um grupo formado por mulheres que atuam na área de tecnologia da informação ou que atuam em outras áreas e possuem interesse por tecnologia. 

O grupo tem por objetivo empoderar mulheres e promover a troca de conhecimento. Para isso, utilizam tecnologia como ferramenta para atingir esses objetivos. Atualmente o grupo é exclusivo para mulheres.

Com as exceções da diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, e a CEO do Yahoo!, Marissa Mayer, o mercado de tecnologia é ainda mais restritivo a mulheres do que empresas de outros setores.

De acordo com notícia do site da revista Época Negócios, publicada em agosto de 2015, entre as companhias do SP 100, o ranking com as maiores empresas do mundo compilado pela agência de risco Standard&Poor’s, 20% delas têm, pelo menos, uma diretora. 

Ainda de acordo com a reportagem, no Vale do Silício, o mesmo acontece só com 10% das empresas. Ao descer na cadeia hierárquica, o problema persiste. No Google, 30% dos funcionários são mulheres. Se levarmos em conta a divisão mais importante, a de engenharia, a relação é menor: 17%. No Brasil, encolhe ainda mais. Somente 10% dos engenheiros no centro de engenharia de Belo Horizonte são mulheres. Não é um problema isolado. 

A publicação destaca ainda que a mesma relação desigual entre homens e mulheres acontece no Facebook (31% são mulheres), na Apple (30%) e no Twitter (30%). Para piorar, só 10% dos aportes financeiros são feitos em startups comandadas por mulheres, segundo estudo da Harvard Business School.

A SETI vai até o próximo domingo, 23. O evento é organizada pelo Departamento de Ciência da Computação (DCC), Centros Acadêmicos (CA's) de Ciência da Computação e de Sistema de Informação, Programa de Educação Tutorial Institucional (PETI) Ciência da Computação e Sistema de Informação e a Empresa CompJr.

Confira a programação completa da SETI: http://www.seti2016.com.br/ 

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