Reuni gerou um impacto direto e significativo na cidade de Lavras e nos municípios do entorno, que foram diretamente atingidos com a expensão da UFLA, movimentando toda a economia regional
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| Campus vive o "boom" da expansão |
No dia 24 de abril de 2007 era inaugurado um novo marco na história do ensino público superior no Brasil. Nesta data, o governo federal por meio do Decreto nº 6.096, instituiu o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
O programa, que é umas das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), teve como principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior.
Com o Reuni, o governo federal adotou uma série de medidas para retomar o crescimento do ensino superior público, criando condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede federal de educação superior.
Os efeitos da iniciativa podem ser percebidos pelos expressivos números da expansão, iniciada em 2003.
As ações do programa contemplaram o aumento de vagas nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção de inovações pedagógicas e o combate à evasão, entre outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no país.
As ações do programa contemplaram o aumento de vagas nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção de inovações pedagógicas e o combate à evasão, entre outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no país.
Das 54 universidades federais existentes ao final de 2007, 533 aderiram ao programa, em duas chamadas. A primeira chamada ocorreu em 29 de outubro de 2007, para implantação do programa no 1º semestre 2008.
Sob a gestão do professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi umas das 42 instituições a aderirem ao Reuni nesta primeira chamada.
Nos cursos de graduação já estabelecidos, a UFLA em 2006 ofertaram 630 vagas e em 2007 foram ofertadas 820 vagas. Com o Reuni, houve uma expansão de mais 660 vagas, entre os anos de 2008 a 2012 em relação as vagas ofertas no ano de 2007, correspondendo a um aumento de 80%.
Isso quer dizer que durante o período de 2008 a 2012 foram acrescidas um total de 1140 novas matrículas em relação ao ano de 2007 na universidade em função do Reuni.
Além disso, o Reuni propiciou a criação de novos cursos na instituição. Um deles foi o de licenciatura em física com oferta de 50 vagas anuais, no segundo semestre de 2008, de acordo com o projeto pactuado com o Ministério da Educação (MEC) por meio do Reuni.
Houve ainda a criação do curso de bacharelado em educação física, com oferta de 50 vagas anuais, no segundo semestre de 2008, ampliação de 100% das vagas dos cursos de medicina veterinária, zootecnia e ciências biológicas, a partir do primeiro semestre de 2009.
Também a criação do curso de engenharia ambiental, com oferta de 50 vagas anuais, no segundo semestre de 2009, criação do curso de engenharia de controle e automação e de nutrição, com oferta de 60 vagas anuais, no segundo semestre de 2009.
A proposta também contemplou a criação do curso de jornalismo, com oferta de 50 vagas anuais, no segundo semestre de 2010 e criação do curso de direito, com oferta de 50 vagas anuais, no segundo semestre de 2010.
Na ocasião, a direção da UFLA decidiu por não implantar o curso de jornalismo, que teria iniciado no segundo semestre de 2010. Na época a instituição ainda não contava com o Departamento de Ciências Humanas (DCH) e um dos motivos alegados para não criar o curso é que seriam necessários contratar 40 professores.
Hoje, com uma legislação que restringe a terceirização da contratação de profissionais de comunicação, a universidade conta com um quadro mínimo de profissionais de comunicação concursados e enfrentando dificuldades de manter uma estratégia abrangente de mídia.
No final de 2014, o atual reitor professor José Roberto Scolforo, em uma conversa reservada, levantou a necessidade da criação de um curso de jornalismo na instituição.
Além da abertura de novos cursos de graduação e novos programas de pós-graduação, contratação de professores e servidores técnico-administrativos, as instituições federais de ensino superior receberam um grande volume de recursos que possibilitou a expansão da infraestrutura de seus campi.
O Reuni gerou um impacto direto e significativo na cidade de Lavras e nos municípios do entorno, que foram diretamente atingidos com a expensão, movimentando toda a economia regional.
Por conta do programa, todas as universidades federais começaram o ano de 2008 com dinheiro em caixa.
No dia 26 de outubro de 2007, a convite do Conselho Universitário (CUNI), o presidente e alguns membros da comissão instituída para implementação do Reuni, apresentaram e prestaram esclarecimentos sobre o projeto já apresentado e aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
Após aprovação do projeto pelo CUNI, ele foi enviado ao MEC na data prevista. Durante a avaliação pelo ministério, por solicitação dos avaliadores, foi necessário corrigir o valor de investimento, que era de R$ 23.000.000,00 para R$ 16.188.750,00.
Em razão da redução do valor do investimento, a comissão reuniu-se, no dia 30 de novembro de 2007, na sala de reuniões da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), para adequar a lista de investimentos a serem realizados, durante a implantação do Projeto Reuni.
Em 28 de dezembro de 2007 foi repassado a UFLA o montante de R$ 1.028.000,00. Os recursos foram repassados a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) para serem gastos em obras e equipamentos.
Estes recursos representaram 60% do total a serem repassados em 2008. O montante restante de R$ 580.000,00 representando os outros 40% foram repassados a instituição em meados de maio de 2008.
O Reuni fez com a Universidade Federal de Lavras atingisse a maior transformação da instituição nos seus mais de 100 anos de existência.
Ao final do programa a UFLA, hoje, tem o dobro dos cursos de graduação ante então existentes na época e a inserção do turno noturno, antes inexistente e que fez abriu definitivamente as portas da universidade para os moradores de Lavras e cidades vizinhas, uma vez que muitos trabalham durante o dia e a noite vão para a instituição.
Também propiciou a criação, na época, de mais três licenciaturas contemplando as áreas de matemática, física e educação física, que somando-se à já existente licenciatura em química, veio constituir o grupo principal de formação de professores para o ensino fundamental e médio, nas áreas onde hoje existe maior carência no país.
No caso da UFLA, tradicionalmente forte nas ciências agrárias e exatas, houve uma forte evolução na instituição com a criação do curso de direito, área que veio colaborar com o fortalecimento no campo das ciências humanas e sociais aplicadas.
Em entrevista para o Blog O Corvo-Veloz, o pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, destacou a evolução dos cursos noturnos na instituição.
"Nossos investimentos ultrapassam o âmbito escolar e propõem qualidade de vida universitária igualitária ao estudantes de cursos noturnos e integrais. Iniciamos a oferta do jantar no Restaurante Universitário, implementamos e/ou fortalecemos o atendimento, em horário noturno, nos setores cruciais para o desenvolvimento das atividades acadêmicas tais como Biblioteca, DRCA e secretaria de colegiados/PRG. Além disso, há ampliação do número de estudantes matriculados nesses cursos. Em 2015/2 contávamos com aproximadamente 2.000 estudantes matriculados. Hoje (2016/2) já temos aproximadamente 2300 (15% de ampliação nas matrículas em um ano)", destacou o pró-reitor.
Um dos exemplos da importância da implantação do Reuni na universidade foi a criação do curso de engenharia ambiental, oficializada em 2009. A proposta de criação deste curso foi feita a cerca de quatro anos antes, por uma comissão de professores, presidida pelo professor Luiz Antônio Lima, do Departamento de Engenharia (DEG).
Mas naquela época a universidade não tinha recursos e nem infraestrutura para abrigar o novo curso, Em 2007, com a implantação do Projeto Reuni na UFLA, a proposta de criação deste curso de graduação retornou à pauta de discussão.
Foi então realizada uma reestruturação do projeto, definição de um novo perfil para o profissional da área, e assim, o curso foi aprovado pela PRG, pelo CEPE e pelo CUNI.
Com o investimento ofertado para bibliotecas, por exemplo, durante o período do Reuni, a UFLA adquiriu mais de 40 mil volumes. Além disso, os recursos do programa viabilizaram dezenas de estruturas de laboratórios modernos, além de salas de aula com controle de ventilação e iluminação mais adequado. O programa também propiciou investimentos na assistência estudantil.
Na ocasião, a direção da UFLA decidiu por não implantar o curso de jornalismo, que teria iniciado no segundo semestre de 2010. Na época a instituição ainda não contava com o Departamento de Ciências Humanas (DCH) e um dos motivos alegados para não criar o curso é que seriam necessários contratar 40 professores.
Hoje, com uma legislação que restringe a terceirização da contratação de profissionais de comunicação, a universidade conta com um quadro mínimo de profissionais de comunicação concursados e enfrentando dificuldades de manter uma estratégia abrangente de mídia.
No final de 2014, o atual reitor professor José Roberto Scolforo, em uma conversa reservada, levantou a necessidade da criação de um curso de jornalismo na instituição.
Além da abertura de novos cursos de graduação e novos programas de pós-graduação, contratação de professores e servidores técnico-administrativos, as instituições federais de ensino superior receberam um grande volume de recursos que possibilitou a expansão da infraestrutura de seus campi.
O Reuni gerou um impacto direto e significativo na cidade de Lavras e nos municípios do entorno, que foram diretamente atingidos com a expensão, movimentando toda a economia regional.
Por conta do programa, todas as universidades federais começaram o ano de 2008 com dinheiro em caixa.
No dia 26 de outubro de 2007, a convite do Conselho Universitário (CUNI), o presidente e alguns membros da comissão instituída para implementação do Reuni, apresentaram e prestaram esclarecimentos sobre o projeto já apresentado e aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
Após aprovação do projeto pelo CUNI, ele foi enviado ao MEC na data prevista. Durante a avaliação pelo ministério, por solicitação dos avaliadores, foi necessário corrigir o valor de investimento, que era de R$ 23.000.000,00 para R$ 16.188.750,00.
Em razão da redução do valor do investimento, a comissão reuniu-se, no dia 30 de novembro de 2007, na sala de reuniões da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), para adequar a lista de investimentos a serem realizados, durante a implantação do Projeto Reuni.
Em 28 de dezembro de 2007 foi repassado a UFLA o montante de R$ 1.028.000,00. Os recursos foram repassados a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) para serem gastos em obras e equipamentos.
Estes recursos representaram 60% do total a serem repassados em 2008. O montante restante de R$ 580.000,00 representando os outros 40% foram repassados a instituição em meados de maio de 2008.
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O Reuni fez com a Universidade Federal de Lavras atingisse a maior transformação da instituição nos seus mais de 100 anos de existência.
Ao final do programa a UFLA, hoje, tem o dobro dos cursos de graduação ante então existentes na época e a inserção do turno noturno, antes inexistente e que fez abriu definitivamente as portas da universidade para os moradores de Lavras e cidades vizinhas, uma vez que muitos trabalham durante o dia e a noite vão para a instituição.
Também propiciou a criação, na época, de mais três licenciaturas contemplando as áreas de matemática, física e educação física, que somando-se à já existente licenciatura em química, veio constituir o grupo principal de formação de professores para o ensino fundamental e médio, nas áreas onde hoje existe maior carência no país.
No caso da UFLA, tradicionalmente forte nas ciências agrárias e exatas, houve uma forte evolução na instituição com a criação do curso de direito, área que veio colaborar com o fortalecimento no campo das ciências humanas e sociais aplicadas.
Em entrevista para o Blog O Corvo-Veloz, o pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, destacou a evolução dos cursos noturnos na instituição.
"Nossos investimentos ultrapassam o âmbito escolar e propõem qualidade de vida universitária igualitária ao estudantes de cursos noturnos e integrais. Iniciamos a oferta do jantar no Restaurante Universitário, implementamos e/ou fortalecemos o atendimento, em horário noturno, nos setores cruciais para o desenvolvimento das atividades acadêmicas tais como Biblioteca, DRCA e secretaria de colegiados/PRG. Além disso, há ampliação do número de estudantes matriculados nesses cursos. Em 2015/2 contávamos com aproximadamente 2.000 estudantes matriculados. Hoje (2016/2) já temos aproximadamente 2300 (15% de ampliação nas matrículas em um ano)", destacou o pró-reitor.
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Um dos exemplos da importância da implantação do Reuni na universidade foi a criação do curso de engenharia ambiental, oficializada em 2009. A proposta de criação deste curso foi feita a cerca de quatro anos antes, por uma comissão de professores, presidida pelo professor Luiz Antônio Lima, do Departamento de Engenharia (DEG).
Mas naquela época a universidade não tinha recursos e nem infraestrutura para abrigar o novo curso, Em 2007, com a implantação do Projeto Reuni na UFLA, a proposta de criação deste curso de graduação retornou à pauta de discussão.
Foi então realizada uma reestruturação do projeto, definição de um novo perfil para o profissional da área, e assim, o curso foi aprovado pela PRG, pelo CEPE e pelo CUNI.
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